15 de abril de 2019

Wrap Up Semanal

Brasil

Após determinação de Bolsonaro, Petrobras desiste de aumento do preço do diesel nas refinarias

Após intervenção do Presidente Jair Bolsonaro, a Petrobras desistiu, na noite da última quinta-feira (11), de aumentar o preço do diesel nas refinaria. Segundo o jornal Valor Econômico, Bolsonaro ligou para o presidente da Petrobras, Ricardo Castello Branco, para que pudesse ser feita uma reavaliação do aumento. Mais tarde, em sua conta no twitter, Bolsonaro justificou sua ação, alegando que a medida não teria sentido por conta da taxa de inflação atual.

Em resposta, representantes da estatal alegaram que ainda há como manter os preços atuais por mais “alguns dias”. O aumento, caso fosse realizado, seria no valor médio do litro do combustível nas refinarias, subindo 5,74%, de R$ 2,1432 para R$ 2,2662, a partir desta sexta-feira (12).

Em defesa da medida de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni disse que o diesel é importante para os caminhoneiros e para o transporte de cargas. Esta foi uma medida clara para tornar o cenário mais agradável para a categoria. Em maio do ano passado, caminhoneiros bloquearam rodovias por todo o país em protesto, principalmente contra a alta do preço do diesel. As manifestações causaram uma série de problemas de abastecimento por todo o país.

Inflação oficial sobe para 0,75% em março

O IPCA, índice que mede a inflação oficial brasileira, subiu para 0,75% em março deste ano. O índice veio acima das expectativas do BC, que previa uma alta de no máximo 0,55% para o mês. Em fevereiro, a taxa havia sido de 0,43%. O índice também ficou acima dos 0,09% de março do ano passado.

Segundo dados divulgados na última quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula taxas de inflação de 1,51% no ano e 4,58% em 12 meses.

O aumento foi o maior para o mês desde 2015 (1,32%). O acumulado do ano é o maior para um primeiro trimestre desde 2016 (2,62%).

Jair Bolsonaro anuncia decreto para caçadores e colecionadores de armas

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira (11) que, em breve, vai editar um decreto voltado para caçadores, atiradores e colecionadores de armas no país. O anúncio foi dado durante uma transmissão ao vivo em sua página no Facebook.

“Vai dar o que falar também. Está prontinho um decreto sobre os CACs. O que é CAC? Colecionador, atirador e caçador. Ouvimos gente na ponta da linha, essas pessoas, ouvimos gente do Exército, [ouvimos] Polícia Federal. Lógico, já houve choque de conflitos, mas democraticamente eu decidi por vocês. O decreto deve sair na semana que vem”, afirmou.

Além disso, o presidente ressaltou que a medida vai “facilitar e muito” a vida de colecionadores, atiradores e caçadores.

Na mesma transmissão, Bolsonaro prometeu novas medidas relacionadas à segurança pessoal. O governo quer apresentar um projeto de lei, que toma como base uma proposta do deputado federal Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC), de 2012, que revoga o Estatuto do Desarmamento e altera a legislação sobre armas e munições no Brasil.

Internacional

FED mantém as taxas de juros americanas inalteradas

O Federal Reserve (Banco Central Americano) manteve a taxa de juros inalterada nesta quarta-feira e seus diretores descartaram projeções de novas altas de juros para este ano.

Além disso, o banco central norte-americano disse que irá acabar com a atual redução da carteira de títulos prevista para setembro, desde que a economia e as condições do mercado monetário evoluam conforme o esperado.

Esta medida impacta positivamente o mercado brasileiro, pois gera uma maior tendência de investimentos no mercado local.

EUA e China concordam em estabelecer escritórios de aplicação do acordo comercial

Os Estados Unidos e a China avançaram no processo de acordo comercial, ao afirmarem que estabeleceram um mecanismo para fiscalizar qualquer acordo que alcançarem, incluindo o estabelecimento de novos escritórios de implementação.

Steve Mnuchin, secretário do tesouro norte-americano, afirmou que continua havendo progresso nas negociações, incluindo contatos “produtivos” com o vice-premiê da China, Liu He, em uma ligação na terça-feira à noite.

“Chegamos a um acordo sobre um mecanismo de aplicação, concordamos que ambos os lados vão estabelecer escritórios de implementação que lidarão com os assuntos em curso”, disse Mnuchin, acrescentando que ainda há questões importantes para os países resolverem.

Principais índices financeiros

Bolsa

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, voltou a sofrer com as articulações da reforma da previdência.

Após uma semana que começou tranquila e com avanços do projeto, o índice derrapou quando Bolsonaro assumiu que a reforma pode ser somente aprovada no segundo semestre, e com a intervenção do presidente nos preços do diesel, fazendo com que a bolsa brasileira fechasse em queda de 1,98%, a 92.875 pontos, na última sexta-feira (12/04). É a maior queda percentual diária em duas semanas, desde 27 de março (-3,57%).

Dólar

O dólar comercial terminou a última sexta-feira em alta de 0,83%, cotado a R$ 3,888 na venda.

Investidores, em busca de proteção em mais uma semana de indecisão sobre a reforma da previdência, impulsionaram o avanço da moeda americana na semana.

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