Sergio Moro pede demissão de ministério

O principal estímulo para o pedido de demissão de Sergio Moro foi a exoneração do até então diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Aleixo.

Em seu discurso de despedida, Moro citou que não houve nenhuma causa, ou erro grave, para que Jair Bolsonaro tomasse essa atitude, e que via como uma interferência política na Polícia Federal. Esta demissão foi a nona vez que um ministro pede para deixar o cargo durante o governo do atual presidente.

Após sua saída, Moro divulgou conversas de Whatsapp com Bolsonaro, nas quais o presidente deixava claro que a troca do chefe da PF deveria ser feita pois a mesma estava investigando de 10 a 12 deputados do seu partido. As mensagens ainda estão em investigação, tanto pelo seu conteúdo, se verdadeiro ou não, e se poderão de fato serem utilizadas contra o presidente.

O novo epicentro do coronavírus?

O Brasil ultrapassou a marca de 50 mil pessoas infectadas pelo coronavírus, na última quinta-feira, e muitos infectologistas acreditam que o país pode vir a ser o novo epicentro do vírus. Muito disso se deve à falta de infraestrutura da saúde pública, de muitos locais não ter acesso a saneamento básico e por muitas pessoas morarem em lugares com superlotação.

O número de mortes no Brasil tem aumentado, e na última quinta-feira tivemos um recorde de mais de 400 mortes em um dia, chegando a mais de 1000 mortes na semana. São Paulo é a cidade com o maior número de mortes, mas quando olhamos as cidades com o maior número de óbitos a cada 100 mil habitantes, os estados do Norte e do Nordeste estão nas primeiras posições, com cidades do Pernambuco, Amazonas e Ceará.

O governo do estado de São Paulo prorrogou a quarentena até o dia 10 de maio. O governador João Dória anunciou a reabertura gradual da economia no estado de São Paulo a partir do dia 11 de maio, os detalhes serão divulgados no dia 8. Dória também disse que as escolas devem voltar, mas fazendo um rodízio dos alunos, pois não será possível manter uma distância necessária com uma grande quantidade de alunos nas salas de aula.

Programa Pró-Brasil prevê investimentos públicos de mais de R$ 30 bilhões

Foi anunciado nessa semana, o programa Pró-Brasil, que terá o intuito de trazer mais organização e coordenação para as diversas ações sendo tomadas ao redor do país, no combate à crise econômica iniciada pelo Coronavírus. Os investimentos do programa englobam investimentos públicos e contratos de concessões à iniciativas privadas também, com valores respectivamente de R$ 30 bilhões e R$ 250 bilhões. É esperado também que o programe gere mais de 1 milhão de empregos, apenas pela parte da pasta da Casa Civil.

O ministro da casa Civil, Walter Braga Netto, que apresentou o programa que deverá ter uma reunião inaugural já na próxima sexta-feira. Braga Netto busca com o plano trazer estímulos à economia, uma melhoria do ambiente de negócios, e ele deverá ser estruturado entre maio e julho, com início planejado para ocorrer em outubro.

O plano foi comparado ao Plano Marshall por vezes, mas o ministro que está levando a pasta afirma que não é um programa de recuperação econômica, como o americano, mas sim de recuperação de toda a estrutura da sociedade que foi afetada pelo coronavírus.

No entanto, com as crescentes instabilidades políticas acontecendo no governo, crescem as dúvidas da viabilidade do projeto, que deve ser alinhado completamente com o Ministro da Economia, Paulo Guedes. Membros da equipe econômica já demonstraram essa semana descontentamento com o Plano, e fizeram críticas publicamente. Guedes deve colocar uma opinião, e mais informações sobre o projeto devem sair ao longo da próxima semana nas primeiras reuniões.