6 de setembro de 2018
O Bitcoin, seu mercado, críticos e interessados
Tempo de leitura: 7 minutos.
Por Felipe De Castello Branco
O que é bitcoin? Quando foi criada? Como funciona?
O Bitcoin é uma das criptomoedas (moedas digitais) mais conhecidas da atualidade e, assim como qualquer outra, pode servir como forma de pagamento. Foi criada em 2008 pelo pseudônimo Satoshi Nakamoto. O bitcoin pode ser habilitado por uma rede chamada peer-to-peer (P2P). Essa rede é composta por diversos computadores que cumprem a função tanto de cliente como servidor e não necessitam de uma central para o fornecimento de dados e informações. Explicando de maneira mais clara, as informações sobre qualquer saldo e transação de criptomoedas é alimentada e guardada por diversos computadores ”emprestados” fazem parte da composição da rede P2P.
O que explica o empréstimo de computadores para compor rede é a possibilidade da recompensa em pagamento. Sim, quando você, por exemplo, programa o seu computador para compartilhar as informações sobre transações através da codificações, você possa receber microfrações de um Bitcoins como recompensa pela colaboração, mas hoje em dia a probabilidade de recebê-lo é muito pequena devido ao número elevado de servidores já disponíveis executando este mesmo trabalho.
A descentralização da rede impossibilita que uma autoridade financeira ou governamental venha a intervir e manipular a emissão e o valor de bitcoins. O seu valor não está atrelado a nenhuma outra moeda ou qualquer outro fator externo o que torna o seu mercado especulativo e volátil.
O mercado atualmente
Segundo o especialista Oliver Cunningham, existe cerca de 1 milhão de pessoas que compram e vendem Bitcoins no Brasil, um número muito alto quando comparado com a quantidade de pessoas cadastradas na B3, cerca de 600 mil pessoas.
Um estudo desenvolvido pelo banco J.P Morgan aponta que o Brasil é o sétimo país com mais corretoras especializadas em criptomoedas do mundo, porém, o volume de negociação é baixo em comparação aos demais, ficando em 34º lugar no ranking mundial. Em primeiro lugar em número de corretoras está o Reino Unido, em segundo Hong Kong e em terceiro os Estados Unidos.
O mesmo estudo aponta que o país com maior volume de negócios no mercado das criptomoedas é Malta, devido fato do país sediar a maior corretora do mundo de moedas digitais.
Uma pesquisa realizada pela Coinbase, a maior bolsa de criptomoedas do mundo, na qual foram entrevistados 675 universitários nos Estados Unidos, mostrou que 18% deles já possuem alguma criptomoeda, o que representa a forte atração das moedas digitais por parte dos jovens universitários que buscam formas “alternativas” de investimento.
Como obter os Bitcoins?
- A primeira forma é a mais simples, onde ela ocorre pela compra da moeda através de uma corretora de criptomoedas.
- A segunda pode ser através de uma forma de pagamento. Vamos supor que você tenha vendido algo online para alguém e a plataforma da qual você está vendendo aceita a transação em Bitcoins. Você pode ter pagar ou receber a moeda como o valor da troca.
- A terceira forma é a partir da mineração da moeda. A mineração, como foi dito anteriormente, nada mais é do que prover um computador inteligente que irá armazenar e repassar adiante as informações na rede P2P.
Críticos e interessados:
É claro que as criptomoedas sofrem uma certa resistência, por ter uma proposta revolucionária e descentralizada. Existem investidores que se mantêm céticos e receosos sobre o seu uso e a forma de investimento.
O bilionário americano Warren Buffet foi uma das pessoas que teve uma opinião contrária aos investidores de criptomoeda, dizendo que elas não são um investimento propriamente dito.
Outra figura importante que se diz cético ao mercado destes produtos é Jamie Dimon, CEO do Banco J.P Morgan. Segundo a Bloomberg o CEO sugere que os governos encerrem as atividades de criptomoedas pelo fato não poder controlá-las.
Por outro lado, segundo o uma reportagem do jornal Estadão, o Goldman Sachs, um dos maiores bancos de investimento do mundo, disse ter interesse em fazer operações com o Bitcoin na bolsa. Segundo o executivo do Goldman, Rana Yared, o banco foi procurado por fundos de hedge e também por fundos patrimoniais que possuem grande quantia de criptomoedas mas não sabem como fazer a gestão destes ativos.
Ainda existe muita insegurança por parte dos investidores ao buscarem por critoativos, por se tratar de algo totalmente digital e independente de um órgão regulador. A tecnologia pode tanto assustar quanto surpreender em grandes cases de sucesso, onde pessoas ganharam fortunas investindo em criptomoedas, como o caso dos irmãos Winklevoss. Antes de fazer qualquer compra de um criptoativo faça uma busca aprofundada sobre cada moeda que esteja interessado e entenda todo o conceito e proposta por trás dela.
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