9 de agosto de 2021

Wrap Up Semanal

Brasil

Média móvel de novas infecções por Covid-19 no Estado de SP fica abaixo de 1.000 casos 

Desde o início de 2021, é a primeira vez que o número médio de internações fica abaixo de 1.000 em todo o Estado de São Paulo, que já registrou mais de 4,1 milhões de casos e 140 mil óbitos desde o início da pandemia. O total de internados é menor que 10 mil pela primeira vez desde novembro do ano anterior. A taxa de ocupação também vem diminuindo, atualmente está em 43,2% na grande São Paulo e em torno de 50% no estado.

A variação nas internações representa uma queda de 70% na média móvel, com baixa para menos de 5 mil pessoas hospitalizadas. A média móvel de mortes também apresentou queda, com 240 novas mortes por dia. Este número, por mais que ainda esteja em patamar bastante elevado, é três vezes menor que o recorde verificado até então, de 813 óbitos por dia.

Fiocruz alerta sobre alta taxa de circulação do vírus, mesmo com queda dos demais números

Segundo último boletim Observatório Covid divulgado pela Fundação Osvaldo Cruz, referente ao período de 25 de julho a 31 de julho, o número de casos e óbitos por Covid-19 vem caindo a cada dia no Brasil pela quinta semana consecutiva, com redução de 1,3% ao dia na taxa de mortalidade e 0,3% na taxa de incidência de casos.  Já a taxa de letalidade da doença ficou na classe de 2,8% no período do boletim.

No entanto, a Fiocruz alerta quanto à permanência da alta taxa de circulação do vírus, ressaltando o risco de disseminação da variante delta. O boletim apontou, ainda, que os números de complicações e óbitos voltaram a ser mais representativos entre os idosos, entre os quais a taxa de internação e complicações aumentou, em contraste à redução dos demais números.

A Fundação também citou a queda do índice de isolamento social a níveis semelhantes aos de antes da pandemia, indicando um aumento da circulação, que, por sua vez, expõe mais a população ao vírus. Diante disso, a recomendação ainda é de seguir tomando as precauções de sempre, combinando-as à vacina.

Percentual de brasileiros endividados atinge recorde histórico em 11 anos  

Conforme a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta quinta-feira (5), a parcela de brasileiros endividados bateu recorde histórico desde o início da pesquisa, em 2010, atingindo o nível de 71,4% – quatro pontos percentuais a mais que no mesmo período do ano passado.

De acordo com nota divulgada pela CNC, o presidente da Confederação, José Roberto Tadros, afirma que os números refletem o aumento da inflação, que diminui o poder de compra da população, a qual passa a precisar se endividar para pagar pelos gastos, além daqueles prejudicados pela fragilidade do mercado de trabalho informal e pela redução do valor do auxílio emergencial.

O índice de inadimplência das contas e quitação de dívidas também aumentou entre junho e julho, mas segue inferior ao mesmo período de 2020, quando 12% da população afirmava não ter condições de pagar as dívidas, versus 10,9% neste ano.

Entre as famílias que recebem até dez salários mínimos o índice de endividamento atingiu 72,6% em julho, versus 69% do último ano. O número de endividados no cartão de crédito também bateu recorde histórico, chegando ao patamar de 82,7%.

A economista da CNC, Izis Ferreira, reforça que o aumento da taxa de juros no país encarece ainda mais as dívidas, principalmente no cartão de crédito. Ela ainda alerta que, apesar de o endividamento estar potencializando o consumo, deve-se tomar cuidado com o potencial aumento da inadimplência.

Internacional

Europa e Estados Unidos seguem sofrendo com queimadas em níveis cada vez mais alarmantes  

A mudança climática tem apresentado sinais mais claros de que se encontra em uma situação bastante grave. Há algumas semanas, a ocorrência de incêndios já está sendo presenciados em diversas partes da Europa e, agora, o estado da Califórnia, nos Estados Unidos, também está sofrendo com estes desastres naturais.

Atualmente, uma das localidades que está sofrendo com maior intensidade os focos de incêndio é a Grécia, mais especificamente a ilha de Eubeia, que persiste reportando novos focos de incêndio há mais de suas semanas por conta da forte onda de calor que o continente enfrenta. De acordo com autoridades, o cenário na região é apocalíptico, tendo dezenas de quilômetros de superfície sendo tomadas pelas chamas.

Do outro lado do Oceano, outro lugar que segue sofrendo com as alterações climáticas é o Estado da Califórnia, que já viu mais de 1.876 quilômetros quadrados de área destruídas em um incêndio florestal no norte do estado. Este incêndio, nestas proporções atuais, já se tornou o segundo maior já registrado na história da Califórnia, disseram as autoridades um dia após as chamas invadirem, e destruírem, uma cidade histórica de região e forçado a retirada de milhares de locais.

Em meio a novos protestos contra restrições da Covid-19, França amplia exigência de certificados

Na França, as autoridades presenciam um crescimento na insatisfação por parte da população em relação às restrições da Covid-19, que voltam a ser implementadas no país após a retomada de casos decorrentes da variante delta.

Ainda assim, Macron decidiu instaurar novas medidas de acompanhamento no país como medidas de reduzir a propagação da nova cepa do Coronavírus. A partir de segunda-feira, a apresentação de passaporte sanitário em restaurantes, bares, cinemas e outros tipos de eventos de porte semelhante serão obrigatórios. Um passaporte sanitário pode ser qualquer meio que comprove que o indivíduo está em condições saudáveis e apresenta riscos reduzidos de transmitir o vírus para os demais, tais como um comprovante de vacinação, teste negativo ou documento que comprove a recuperação da doença.

Principais índices financeiros


Bolsa

A primeira semana do mês de agosto foi marcada pela decisão do Copom, preocupação com a variante Delta na China, queda do minério de ferro, dados do PMI (índice gerente de compras) dos Estados Unidos e do Brasil, o Payroll, o aumento da expectativa do PIB do Brasil para 2021 e por fim, as incertezas fiscais com os gastos com o Bolsa Família. Com isso, o Ibovespa teve uma alta volatilidade essa semana e terminou aos 122.810,36 pontos, com uma valorização nos últimos dias uteis equivalente a 0,83%.

O Copom decidiu por aumentar a taxa de juros em 1 p.p, deixando a taxa SELIC em 5,25% a.a para combater a inflação no país. Além disso, o governo pretende aumentar o Bolsa Família para ao menos R$300,00, resultando em um possível custo acima do teto de gastos estipulado. Assim, mesmo com notícias positivas do PIB para 2021 no país, investidores ficaram mais avessos a bolsa e buscaram outros meios para proteger seus patrimônios, como o caso de rendas fixas pré-fixadas.

Os dados de PMI dos Estados Unidos e do Brasil demonstraram avanços da indústria e junto ao Payroll, divulgando 943 mil novas vagas de trabalho em julho (5 mil vagas acima do esperado), demonstram uma possível retomada da economia local e global. A proliferação do coronavírus na China preocupa os investidores, porém, estão otimistas com o avanço da vacinação no Brasil. Por fim, o preço do minério de ferro variou bastante durante a semana, fazendo com que as siderúrgicas sofressem bastante na quinta-feira (o minério teve uma desvalorização de 6,60%).

Os destaques da semana vão para a Copel (CPLE6) com uma valorização de 7,03% e a Petrobras com seu resultado trimestral e aumento de 5,85% e 5,50% em suas ações PETR3 e PETR4, respectivamente. A Totvs se destacou com o resultado trimestral e subiu 5,63%, por fim, a Usiminas (USIM5) teve um acréscimo de 4,95% nessa semana (valor perto da B3SA3 de 4,26%).

Dólar

O dólar fechou a semana em baixa de 0,2573% (com uma alta semanal de 1,10%) e cotado a R$ 5,24. Essa variação se deu ao fato dos bons resultados das empresas do segundo trimestre nos Estados Unidos, além do PMI indicando um avanço no setor industrial e o Payroll positivo.

 

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