12 de julho de 2020

Wrap Up Semanal

Brasil

Milton Ribeiro assume Ministério da Educação

Após algumas semanas sem a nomeação de um novo ministro da Educação concreta, possíveis nomeações e convites declinados, Milton Ribeiro assumiu o comando do MEC. O escolhido, ex-reitor da universidade Mackenzie, agrada os militares e a bancada evangélica e conservadora. Ribeiro é também pastor da igreja Presbiteriana em Santos, e é ex-tentente do Exército.

O posto de ministro da educação sofreu com alguns acontecimentos no último mês, deixando o cargo sem representante desde 18 de junho. Após a saída turbulenta de Abraham Weintraub, que segue fora do país procurando não chamar atenção após comentários bastante polêmicos no governo, ainda ocorreram dois acontecimentos relâmpagos na cadeira de Ministro.

No dia 25 de junho, Bolsonaro oficializou a nomeação de Carlos Decotelli como novo ministro da educação. No entanto, a passagem dele no cargo durou apenas 5 dias. Com a mídia forte em cima, Decotelli foi exposto por inconsistências em seu currículo. Após uma primeira explicação a respeito de sua formação acadêmica no Doutorado, ainda surgiram mais polêmicas sobre outros pontos do currículo. Assumindo o posto na Educação, seu cargo foi revogado rapidamente pela ironia que foi feita, da atitude de Decotelli perante as instituições acadêmicas, e o fato de que ele decidiria sobre a futura Educação do país.

Após a passagem, Renato Feder foi elencado como uma possível nomeação para o Ministério, chegando a frequentar o Planalto boas vezes. Feder não chegou a ser oficializado, e divulgou através de redes de mídia social que havia recusado o convite do presidente Jair Bolsonaro, para ser Ministro. O convite, no entanto, não havia sido formalizado para a mídia.

Agora com Milton Ribeiro na frente da pasta, a missão do Ministro é de principalmente ampliar o diálogo da bancada com o público, abrangendo todas as instituições em volta da Educação, o povo e as diferentes classes políticas.

Preços sobem e junho têm inflação de 0,26%

Na última sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o mês de junho, que mede a inflação daquele mês, e após 2 meses negativos, com queda de 0,31% em abril e 0,38% em maio, os preços subiram e registraram uma inflação de 0,26%.

Foram pesquisados nove grupos de produtos e serviços, e sete deles apresentaram uma alta para o mês de junho, sendo que os maiores impactos foram nos setores de alimentação e bebida, com um aumento de 0,38% e nos transportes, cujo preço subiu 0,31%. A principal queda nos preços foi no setor de vestuário, com variação de 0,46% negativo.

A meta estabelecida pelo governo para este ano, é de uma inflação de 4%, com 1,5 pontos percentuais de margem, podendo variar entre 2,5% e 5,5%. Porém, o

acumulado deste ano é de uma alta de 0,10%, que reflete a grande queda nos preços nos meses de abril e maio.

ICEI sobe pelo 3º mês seguido, segundo CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou na última sexta-feira o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) do mês de julho, que registrou uma alta de 6,4 pontos, chegando a 47,6 pontos e subindo pelo terceiro mês seguido, após uma queda histórica registrada no mês de abril deste ano.

Segundo a CNI, o principal fator que contribuiu para esta elevação foi a expectativa de melhoria para os próximos seis meses, com o Índice de Expectativas subindo 6,2 pontos percentuais e alcançando a marca de 54,1 pontos. Já o Índice de Condições Atuais, continua mais pessimista do que os últimos 6 meses, mas registrou uma alta de 6,8 pontos, chegando em 34,5 pontos, o que mostra uma percepção menos negativa sobre o cenário atual dos negócios.

A reabertura das atividades econômicas em grande parte das cidades brasileiras contribuiu para uma expectativa de recuperação da economia, mesmo com a atividade industrial ainda desacelerada. Mas apesar da elevação do ICEI nos últimos meses, o valor de 47,6 pontos nesta pesquisa ainda é considerado um cenário que aponta pessimismo, por estar abaixo dos 50 pontos.

Internacional

EUA oficializam saída da OMS

Donald Trump, após diversas ameaças, coloca em xeque sua relação com a Organização Mundial da Saúde. O presidente deu início ao processo de saída da OMS, que segundo uma resolução aprovada por congressistas em 1948, deve demorar cerca de um ano. Além disso, o país deverá pagar algumas taxas para concluir o processo de desligamento. Segundo Trump, os Estados Unidos irão incentivar outras organizações que cuidam da saúde mundial.

O país era o maior contribuinte da OMS e saiu, principalmente, por motivos relacionados à COVID. As críticas ao posicionamento da organização com a China, que para Trump, era muito branda. Apesar do governo americano buscar pressionar a China, subindo, com isso, um patamar na disputa pelo posto de potência mundial, a saída da OMS aparenta entregar um cenário totalmente contrário a isto.

Coreia do Norte analisa voltar a conversar com EUA

Segundo a irmã de Kim Jong Un, Kim Yo Jong, não há intenção em se demostrar uma ameaça para os Estados Unidos. Os países, que vim uma relação de guerra e paz, estavam em um clima não tão amistoso por conta de questões nucleares. Isto porque a Coreia do Norte voltou atrás do pacto nuclear que tinha selado com os EUA. Apesar disso, Kim Yo Jong, ao lado de seu irmão vem buscando uma reabertura ao contato.

Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA, tem esperanças na retomada e busca por realizar uma nova cúpula. Do lado da Coreia do Norte, não há interesse em realizar uma nova cúpula agora, porém, como a própria Kim Yo Jong disse: “poderão existir surpresas”. Para ela e o irmão, não há necessidade de apresentar uma ameaça aos Estados Unidos, porém, para eles a soberania da Coreia do Norte precisa ser mantida, pois Washington sempre voltará a ser hostil.

 

Principais índices financeiros


Bolsa

Na semana, o principal índice da bolsa de valores de São Paulo registrou alta acumulada de 3,38%, encerrando a sexta-feira acima do patamar de 100 mil pontos pela primeira vez, após quase 4 meses, aos 100.032 pontos especificamente. Porém, na maior parte da semana, a cautela prevaleceu nos ativos de risco ao redor do mundo, recordes de pessoas infectadas pelo Covid-19 continuam sendo batidos nos Estados Unidos e a volta de medidas de isolamento ameaçam desacelerar a retomada das bolsas por lá. A forte alta da sexta-feira teve relação com dados industriais de países europeus que vieram mais otimistas que o esperado pelo mercado, além disso, notícias de medicamentos eficazes contra o coronavírus também ajudaram nas altas.

Entre os destaques do noticiário corporativo estão a Cielo (CIEL3), que recebeu autorização do Banco Central para passar a emitir moedas eletrônicas, o que pode significar maior autonomia para a companhia se reinventar. Além disso, as ações da Cogna (COGN3) tiveram forte alta na semana, após uma relevante gestora de patrimônio anunciar que aumentou a participação acionária na empresa. Por fim, a companhia de viagens CVC (CVCB3) também foi destaque pela valorização de seus papéis depois de que seu Conselho de Administração aprovou aumento de capital da cia.

Dólar

O dólar comercial registrou alta de 0,05% na semana, cotado a R$ 5,32 ao final da sexta-feira. Os bons números de indicadores divulgados na semana também contribuíram para que a moeda americana ficasse em patamar estável em relação ao real durante os últimos 5 dias úteis.

De um lado foi observado uma busca maior por proteção dos investidores enquanto a vacina do Covid-19 não é encontrada. Já na outra ponta, vimos a redução das chances de maiores quedas na taxa Selic na próxima reunião do COPOM, depois de dados do comércio aqui no Brasil acima das expetativas e também divulgação do IPCA referente ao mês de junho voltando a patamares positivos.

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