29 de junho de 2020

Wrap Up Semanal

Brasil

Concessões de crédito recuaram em maio

Com o movimento de redução da taxa de juros e principalmente com a crise causada pelo Coronavírus diversos segmentos foram diretamente impactados, segundo o Banco Central em dados divulgados na última sexta-feira. Os juros as novas concessões de créditos tanto para empresas como para famílias caíram no último mês.

Segundo o relatório de Estatísticas Monetárias e de Crédito, empresas e famílias tiveram empréstimos no valor total de R$ 289 bilhões dos bancos em maio. Quando comparamos o mesmo índice em relação a abril deste ano observamos uma redução de 3,3%.

Segundo Fernando Rocha, chefe do Departamento de Estatísticas do BC, o capital de giro correspondeu a cerca de um terço do crédito livre para as empresas. Para ele as empresas têm acessado esta linha de crédito “como uma forma de obter recursos para os desafios que serão enfrentados nos próximos meses”, em meio à crise gerada pela pandemia da covid-19.

Este efeito é gerado por conta da paralisação da economia no país em medida para frear o ritmo de contaminação do Coronavírus no Brasil. Com esta medida, diversas empresas de diferentes segmentos tiveram seus negócios decretados ao fim, ou passam por situação de difícil contorno. Por conta, o risco destas

mesmas empresas de não conseguirem cumprir com o pagamento de empréstimo aumenta, resultando num movimento mais cauteloso dos bancos.

FMI piorou a contração da economia brasileira em 2020 para 9,1%

Na última quarta-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou a atualização do relatório Perspectiva Econômica Global, no qual passou a projetar uma contração de 9,1% do Produto Interno Bruno (PIB) brasileiro para o ano de 2020. Em sua última atualização, feita em abril deste ano, a contração projetada era de 5,3%.

Se o valor projetado pelo FMI se concretizar, seria o pior resultado da série histórica que iniciou em 1900. O principal impacto para esta grande retração do PIB são as medidas adotadas contra o coronavírus, que gerou uma pressão muito grande na economia brasileira, principalmente com a interrupção das atividades domésticas.

Para o ano de 2021, o FMI aumentou a projeção de crescimento do PIB brasileiro de 2,9% para 3,6%, acreditando em uma grande retomada da economia global. Assim, os valores projetados ficaram muito próximos aos valores da América Latina e do Caribe, que possuem uma média de retração de 9,4% para 2020 e uma expansão de 3,7% para 2021.

Guedes afirma que Brasil vai se recuperar e surpreender o mundo

Na última quinta-feira, durante a transmissão semanal ao vivo do presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia Paulo Guedes, disse que a prioridade do governo para a recuperação econômica do país, é a manutenção da renda e a geração de empregos. Ainda, afirmou que o Brasil vai surpreender o mundo e “furar as duas ondas e sair do lado de lá”.

Guedes também disse que para uma recuperação econômica, será necessário o encaminhamento da Reforma Tributária, uma maior acessibilidade à cesta básica para a população e uma redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Ainda, acredita que será necessário abrir novos horizontes de investimentos, especialmente com o gás natural, para diminuir o preço da energia.

Guedes também diz que está estudando uma possível implantação de um bônus por adimplência, para os pequenos empresários que conseguirem cumprir o pagamento dos empréstimos tomados durante o período de crise dos últimos meses.

Internacional

Biden supera Trump em nova pesquisa

Durante a última pesquisa com eleitores, a intenção de voto dos americanos tombou para o lado do ex-vice presidente. O Democrata ultrapassou o atual presidente em 8 pontos percentuais, alcançando a marca de 52% de preferência no momento do voto, contra 44% de Trump. Além dos 44%, o presidente, que busca reeleição acumula o pior índice de desaprovação da história. O índice de desaprovação de Donald Trump bate a casa dos 58%, sendo que, deste número, 49% desaprovam “energicamente” sua gestão.

A preferência por Trump ainda se mantém para 51% da população masculina e branca. Por outro lado, Biden representa grande força com as minorias. Na última pesquisa, 91% da comunidade negra e 59% da latina apoiam Biden. Grande parte do eleitorado critica a gestão de Trump quanto à pandemia e à questão racial.

China lança seu sistema de geolocalização

O projeto de viabilização do BDS foi concluído e possui cobertura maior que a do GPS. O sistema de geolocalização chinês vem sendo construído desde 2000 e atualmente conta com 35 satélites, 3 a mais que o rival americano. Isso gera um impacto direto na precisão do sistema, a cobertura do sistema chinês possui precisão de 10 centímetros, enquanto a versão ocidental tem precisão de 30 centímetros. Porém, diferentemente do GPS o sistema da China necessita de transmissão bidirecional, isso significa que cada dispositivo precisará enviar dados aos satélites.

A implementação de um sistema de geolocalização representa mais um passo na disputa pelo posto de potência econômica mundial. Um sistema como esse pode apresentar grandes vantagens para a competição dos mercados de inteligência militar, bélico e também o mercado de tecnologia e consumo acessível à população. Além disso, é um passo maior quanto a segurança de informação e independência digital da China.

 

Principais índices financeiros


Bolsa

O Ibovespa fechou a sexta-feira aos 93.834 pontos, acumulando perdas de 2,8% na semana. Apesar dos juros baixos e trilhões de dólares injetados por Bancos Centrais ao redor do mundo ao longo de 3 meses oficiais de quarentena, investidores agora parecem esperar por grandes novidades. No Brasil, desde que o principal índice da B3 voltou ao patamar de 90 mil pontos no começo do mês, manteu esse patamar, mas também não teve força para ir muito além. Além disso, a semana foi marcada com o novo recorde mundial de novos casos diários de Covid-19.

Entre os destaques do noticiário corporativo, a Cielo (CIEL3), que anunciou parceria com o WhatsApp em seu novo meio de pagamento e transferências aqui no país. Porém, o Banco Central pode interferir na operação e não a autorizar, o que fez com que as ações a empresa de pagamentos terminassem a semana em forte queda, cerca de 19%.

 

Dólar

A moeda americana encerrou a semana a R$ 5,46, o que significou valorização de 2,70% frente a cotação da semana anterior. O mercado associou o movimento de alta ao aumento da aversão a risco dos investidores de acordo com o aumento dos casos de coronavírus em países que estão em processos de reabertura, o que pode ser indícios de uma segunda onda de contaminação da doença mais preocupante.

Além disso, a moeda brasileira também teve a pior semana relação ao dólar comercial contra outas moedas de países emergentes, devido ao aumento das preocupações sobre a questão fiscal do país, principalmente em relação a extensão dos auxílios emergenciais aprovados recentemente como fim de amenizar os impactos econômicos da pandemia do Covid-19.

Durante a semana, o Banco Central realizou medidas de atuação no câmbio, vendendo a moeda em um leilão à vista. O presidente do BC, Roberto Campos Neto afirmou, mais uma vez, que a política cambial brasileira é de câmbio flutuante e que as interferências da instituição somente tem a finalidade de conter volatilidade.

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