30 de julho de 2018

Wrap Up Semanal

Brasil

Governo central encerra junho com um déficit primário de R$16,422 bilhões.

O resultado primário, que leva em consideração a diferença entre as receitas e despesas do governo, apresentou um déficit no mês de junho de R$16,422 bilhões. O resultado não é bom, porém apresenta uma melhora em relação ao mesmo período de 2017, em que o déficit foi de R$ 19,844 bilhões.

Se forem levados em conta os valores correntes – sem correção pela inflação – o resultado foi o segundo pior de toda história, perdendo apenas para o ano passado.

Se forem divididos os rombos por áreas, a parte previdenciária é a mais expressiva no déficit, somando R$ 14,513 bilhões, seguidos do Tesouro Nacional com R$ 1,887 bilhão e do resultado negativo do Banco Central, de R$ 22 milhões.

Segundo pesquisa, o governo Temer piorou a vida de 70% dos brasileiros

Segundo pesquisa da Vox Populi/CUT, 7 em cada 10 brasileiros alegam que suas qualidades de vida diminuíram após o governo de Michel Temer, que assumiu a presidência em 2016.

As maiores queixas estão na região sul do país, onde a reprovação do governo Temer chega a 73% da população, seguido do Sudeste com 70%, nordeste com 68% e Centro Oeste/Norte com 65%.

Entre os entrevistados, as maiores prioridades que o próximo presidente deverá assumir serão a redução dos níveis de desemprego, a melhoria na qualidade da saúde e educação pública do país.

Crédito cresce em junho com aumento das concessões para pessoas jurídicas

Com uma expressiva alta na busca de empresas por crédito, principalmente para operações de curto prazo e exportações, a liberação de crédito feita pelo sistema financeiro nacional acelerou no mês de junho.

Segundo o Bacen, as taxas cobradas pelos bancos diminuíram pelo quarto mês seguido, e o spread bancário também. Outro dado bastante favorável é o nível de inadimplência, que foi reduzido pela primeira vez, desde março.

“Os dados parecem consistentes com uma economia que está se recuperando gradualmente, o que contribui para a retomada da demanda por crédito e também, por parte dos bancos, para o aumento da oferta de crédito”, disse o chefe do departamento de estatística do Banco Central, Fernando Rocha.

Internacional

PIB dos EUA tem crescimento de 4,1% no trimestre

O crescimento do PIB dos EUA, divulgado na semana que passou, mostrou uma expansão de 4,1% no segundo trimestre, o melhor resultado no número desde 2014.

Bem acima do previsto, o gasto dos consumidores, que aumentou 4% no período, foi o fator que mais contribuiu para o ritmo acelerado de crescimento. Com o incentivo fiscal do governo de Trump, consumidores tiveram como investir mais em produtos como automóveis e outros itens de alto valor agregado.

Para o ano, as expectativas são de que o PIB americano aumente em cerca de 3%. Para o segundo semestre, porém, o crescimento será em menor escala, ao redor de 3%, pois os fatores que contribuíram para o bom resultado descrito acima são considerados temporários.

Ações do Facebook tem queda histórica

Na maior queda diária da história, as ações do Facebook tiveram uma desvalorização de cerca de 19%, na última quinta-feira, após a companhia divulgar a expectativa de menores lucros para os próximos anos. Isto representou uma perda de valor de mercado de aproximadamente US$ 120 bilhões de dólares. A título de comparação isto é equivalente ao valor de mercado de empresas como IBM e Adobe. Com isso, o presidente da empresa e fundador, Mark Zuckerberg, teve seu patrimônio reduzido em mais de 15 bilhões de dólares.

A receita do segundo trimestre do Facebook ficou em US$ 13,2 bilhões, quando o esperado pelos investidores era ao menos US$ 13,3 bilhões. Isto, somado aos escândalos da Cambridge Analytica no início do ano fez com que o preço das ações tivessem o tombo histórico. Impulsionado por isto, o Nasdaq acompanhou e caiu mais de 1% no mesmo dia.

Principais índices financeiros

Bolsa

Diante da piora dos mercados externos, e da indefinição das eleições brasileiras, o Ibovespa tem sua quinta semana consecutiva de alta. Na semana, a alta foi de 1,65%, com um giro financeiro na última sexta feira de R$7,25 bilhões. No mês, o índice subiu 9,76%.

Para diversos analistas, ainda não é possível superar a faixa de 80 mil pontos, devido a uma grande força vendedora a partir desse ponto, e também por fatores que ainda mantém os investidores conservadores em relação ao Brasil, como as eleições por exemplo.

Como destaque, tivemos a CSN com uma alta de 7,39%, especialmente devido a divulgação do balanço de sua principal concorrente no segmento de aço, a Usiminas, que apresentou prejuízo de R$ 19 milhões no segundo trimestre de 2018. Entre as blue chips, tivemos Bradesco com ON +0,72% e PN com +1,11%, Itaú Unibanco com +0,54%, Petrobrás ON subiu 2,22% e a ação da Vale ganhou 1,27%.

Está semana será bastante importante para o mercado, com a divulgação do resultado trimestral de diversas empresas, e a decisão do COPOM referente a taxa de juros brasileira, onde o mercado está esperando a manutenção em 6,5%a.a.

Dólar

Na ultima semana, com a divulgação do PIB dos EUA um pouco mais baixo do esperado, o dólar perdeu força em todo o globo. A semana foi de queda, seguindo o comportamento do mercado externo. Na semana, o dólar perdeu 1,5%, fechando em R$3,7177.

Em relação ao PIB norte americano, foi divulgado a alta de 4,1%, contra a expectativa do mercado que rondava os 4,4%.

Segundo analistas, os seguidos alívios no mercado cambial nos últimos dias não devem ser tidos como uma tendência firme. Diversas leituras fundamentalistas ainda indicam um grande risco de alta do dólar, em grande medida, devido ao cenário externo. Os riscos de uma possível guerra comercial, somados aos efeitos da alta da taxa de juros nos EUA são os principais motivos para uma provável escalada do dólar em escala global.

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