25 de junho de 2018

Wrap Up Semanal

Brasil

Banco Central anuncia novas medidas cambiais para esta semana

Por meio de uma nota, o Banco Central anunciou que continuará atuando no mercado de câmbio, com oferta de swaps cambiais ao longo da semana. Nesta segunda (25), venderá o equivalente a US$3 bilhões de dólares em leilão de linha (venda com compromisso de recompra, com vencimento em agosto). O último deste ocorreu no final de março. O Bacen afirma que estas ofertas de swaps tem como objetivo aumentar a liquidez e trazer de volta o equilíbrio para o mercado cambial.

Na última sexta, o BC afirmou que colocaria aproximadamente US$ 10 bi em swaps, podendo esse valor variar para mais ou para menos dependendo das condições futuras do mercado.

Turma do STF não julgará mais recursos de Lula

Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou na última sexta feira que os recursos de Lula (levados ao próprio STF e com referência a anulação de sua condenação) não serão levados adiante.

Desta forma, não ocorrerá mais o julgamento pela 2º turma do STF nesta próxima terça feira, como era previsto.

A decisão foi tomada por Fachin, após o Tribunal Regional Federal da 4º Região (TRF-4) negar a admissibilidade ao recurso lançado pelo ex presidente, que pretendia questionar sua condenação ao STF. No entanto, a desembargadora federal Maria de Fátima Labarrère, liberou o prosseguimento de um outro recurso, que irá ser encaminhado ao STJ nos próximos dias.

Com decisões do COPOM, juros futuros recuam na semana passada

Comparando o estresse do mercado de juros nos últimos dias, nesta última semana, com a decisão do Copom de manter os juros a 6,5% ao ano, os contratos de juros futuros acumularam quedas, trazendo de volta certo alívio ao mercado.

O DI de janeiro/2019 foi de 7,3% para 7,035%, na última sexta (22). O de janeiro/2020 caiu de 9,04% para 8,68%, e, o de janeiro/2025, de 11,98% para 11,92%. Enquanto anteriormente era precificado um risco de elevação, a parte mais curta da curva se ajustou as manutenções da taxa.

No entanto, ainda há no mercado muitas incertezas para o futuro brasileiro, o que foi refletido nos vértices mais longos da curva.

Internacional

Crise de imigrantes nos EUA

Após duras críticas do papa Francisco e da primeira ministra inglesa,Theresa May, à sua política migratória, Donald Trump, presidente dos EUA, anunciou que crianças imigrantes não serão mais separadas de seus pais. O líder americano assinou uma ordem executiva que proíbe a separação de famílias que infringem a fronteira dos EUA com o México enquanto estas aguardam o processo de deportação.

Anteriormente, membros da Casa Branca haviam anunciado uma política de tolerância zero a qualquer cidadão que entre em seu país de forma ilegal. Isso levou a separação de mais de 700 famílias nas fronteiras americanas, fato que desencadeou a polêmica criticada acima.

Eleições na Colômbia

Na semana passada, a Colômbia realizou suas primeiras eleições presidenciais desde que firmou o acordo de paz com os guerrilheiros da Farc. O segundo turno, que ocorreu no domingo, dia 17,  elegeu com 54% dos votos o candidato Iván Duque, que contava com o apoio do ex-presidente Álvaro Uribe.

O mandato do novo presidente se inicia em 6 de agosto. Ele promete rever o acordo com a Farc, que deu aval para que seus membros ocupassem cadeira no Congresso e que ele considera muito brando com traficantes de drogas. O documento não permite mudanças em seu texto até 2026, porém o novo presidente poderá sugerir mudanças, desde que apresentadas ao Congresso.

Principais índices financeiros

Bolsa

Na última sexta feira (22), a bolsa brasileira ficou no zero a zero, apresentando queda de -0,17%, menos abrupta que as das semanas passadas, mesmo diante de baixíssima liquidez. Uma melhora no cenário externo garantiu o avanço de mercados emergentes e fez com que o Ibovespa subisse 0,81% na ultima sexta, com fechamento da semana em 70.641 pontos. Mas, ainda assim, a grande aversão ao risco no mercado fez com que a bolsa brasileira fechasse a semana sem ganhos expressivos.

Com uma pequena melhora da Petrobrás (+0,62% a ON e +0,07% a PN), a melhora nos setores bancários e alta da Vale (+1,69%), o Ibovespa teve bom avanço, mas não o suficiente para atingir a máxima, em 71.058 pontos.

O que chamou bastante a atenção do mercado foi o baixo índice de volumes financeiros negociados, ficando em apenas R$ 6 bilhões na Sexta (22), bem abaixo da média dos meses anteriores. Grande parte das negociações foram realizadas por investidores estrangeiros e grandes fundos de investimentos, o que possivelmente pode ser explicado pelo jogo do Brasil que ocorreu no dia.

Dólar

Mesmo com o grande volume de capital injetado pelo BC através de swaps cambiais, o dólar continua apresentando tendências de alta. No fechamento da sexta-feira (22), o dólar comercial avançou 0,50%, para R$3,7811, representando alta de 1,40% na semana.

Para operadores do mercado, este resultado indica que mesmo com um Banco Central altamente interventor, utilizando os benefícios de uma politica de câmbio flutuante, uma possível espiral de alta no dólar não está totalmente afastada. “O BC deve ficar a base da surpresa, vai intervir sem aviso prévio, como e quando achar necessário”, afirmou o gerente de câmbio da Trevisa Corretora, Reginaldo Galhardo.

Na semana, numa lista de 33 divisas mundiais, o Brasil teve sua pior colocação, se afastando muito do resultado dos principais emergentes. Rublo russo, peso argentino e peso mexicano registraram valorização de 1% frente ao dólar.

 

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