6 de janeiro de 2020

Wrap Up Semanal

Brasil

Bolsonaro afirma que busca não intervir no preço de combustíveis

Após a tensão causada essa semana por conta do ataque americano a líderes Iranianos, o preço dos combustíveis sofreu com uma alta.

No Brasil, um grande produtor de petróleo, assim como o Irã, o presidente Jair Bolsonaro disse que teria de buscar outras soluções para caso o preço continuasse subindo. No entanto, a linha de conversa do presidente com o ministro da Economia Paulo Guedes, o ministro Bento Albuquerque e o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, segue na defesa de que não serão feitas intervenções diretas no preço do combustível.

Bolsonaro ainda mencionou como alternativa o pedido à governadores de estados brasileiros que reduzissem a alíquota de ICMS sobre combustíveis.

Após a conversa com o presidente da Petrobras, o presidente afirmou também que esperam uma volta normalização dos preços ainda.

Em relação ao ataque americano, Bolsonaro não quis opinar, por hora.

Em 2019, Congresso aprovou 1 de cada 3 medidas para a Economia

Dos 38 textos enviados ao Congresso, pelo ministro Paulo Guedes esse ano, apenas 13 foram aprovados. No entanto, o ministro da Economia afirma que vê um alinhamento entre os parlamentares e as medidas propostas pelo poder Executivo brasileiro.

Comparativamente, é o menor número de MPs propostas por um ministro da Economia que tenham sido aceitas, em um início de governo. O número fica em torno de 50% de aprovação das MPs, propostas que tem 4 meses para serem aceitas ou rejeitadas.
Como exemplo, a maior MP rejeitada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foi a de privatização da Eletrobrás, que liberaria R$ 3,5 bilhões para a empresa.

Para 2020, as prioridades ficam entre a reforma tributária, o projeto de autonomia do Banco Central, e as PECs do Plano Mais Brasil.

No entanto, segue o questionamento do alcance de Guedes de conseguir aprovação para tais projetos.

Economistas projetam crescimento para 2020, mas com potencial limitado a longo prazo

Com o final de 2019 apresentando índices acima do esperado, os economistas chefes brasileiros preveem um aumento próximo a 1,5% ao ano no futuro. No entanto, demonstram incertezas quanto à aceleração deste índice. O consenso entre os especialistas do mercado apostam que, no máximo, o país atingirá um crescimento de 2,5%, pelo menos no período dos próximos 4 anos.

Para a medida, o economista chefe do Bradesco afirmou que caso haja uma surpresa nesse índice, ela deverá ser positiva, sendo justificada principalmente pelo avanço das reformas.

Entrando em 2020, o Banco Central inicia mais um ano de incentivo fiscal, com foco nos cortes da taxa Selic. A previsão é de que a taxa chegue ao patamar de 4,25% ao ano.

Ao mesmo tempo que é prevista uma aceleração mais lenta e contínua, membros do Comitê de Política Monetária (COPOM) demonstraram certa preocupação com os limites de tal política, apontando para um possível crescimento acelerado mais rápido do que o esperado e preparado.

Segundo a economista Zeina Latif, o Banco Central deverá ficar atento à possibilidade de ter que subir novamente os juros antes do esperado na linha de tempo, trazendo questões quanto ao tipo e setor da ociosidade econômica que o país tem.

Internacional

Trump ataca Irã e tensão internacional aumenta

Apenas dois dias após o início de 2019, o presidente americano, Donald Trump, lançou um forte ataque às milícias iranianas. O ataque autorizado por ele atingiu com mísseis um aeroporto no Irã e acabou matando o general Qassem Solemani, principal líder militar do país. O Aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do país, prometeu vingança contra os atos de Trump.

Em meio a corrida eleitoral, o ataque faz com que o mundo volte as atenções para o atual presidente, que busca reeleição. Além da descoberta de novos poços de petróleo no Irã, o pleito pela reeleição de Trump pode ser visto como uma das principais hipóteses sobre o motivo do ataque.

Por fim, o ataque levantou diversas posições do mundo em apoio e contra os EUA. Putín, presidente russo, repudia os atos de Trump, enquanto Bolsonaro vê o ataque como uma forma de combater o terrorismo.

Bolha do mercado de Cannabis estoura no Canadá

O mercado de maconha legalizado no Canadá está próximo a se mostrar um fracasso. Após meses com grandes investidores atraídos para o ativo, que por muitos era visto como uma possível commodity, demonstra resultados cada vez mais característicos de uma bolha.

A falta de escalabilidade das empresas e a competitividade do mercado negro ainda são grandes barreiras para as empresas que trabalham com a cannabis. Segundo o CEO da empresa de análise de dados New Leaf, Jonathan Rubin, apesar de um certo desenvolvimento nos EUA, o mercado de maconha no Canadá decepcionou. Questões como crescimentos das vendas e lucro foram dados como abaixo do esperado.

O mercado legal de maconha ainda possui uma oferta muito maior que a demanda. Enquanto, de outro lado, segundo o órgão de analises estatísticas do Canadá notaram que cerca de 75% dos canadenses ainda consomem maconha ilegal.

Principais índices financeiros


Bolsa

Após uma semana conturbada, o Ibovespa fechou a sexta-feira (03/01) em queda, aos 118.469, assim como outras bolsas internacionais, após o ataque aéreo dos Estados Unidos no Iraque. O ataque trouxe tensões aos mercados de todo o mundo e, consequentemente, maior aversão a risco aos investidores. Porém, no acumulado da semana, o índice da bolsa brasileira apresentou alta de 1,01%.

 

Entre os destaque estão as ações da Petrobras (PETR3 e PETR4), com investidores atentos ao preço do petróleo, após o ataque no Oriente Médio, e as possíveis intervenções do governo caso o preço da commodity tenha novas apreciações. Os papéis das empresas aéreas Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) também foram afetados pela alta do preço do petróleo e encerraram a sexta-feira entre as maiores quedas da bolsa brasileira.

 

Por outro lado, a Natura (NTCO3) apresentou forte alta, após a conclusão da compra da Avon Products. A empresa é agora o quarto maior grupo de beleza do mundo. As ações da Braskem (BRKM5) também registraram alta, após divulgação de acordo bilionário da empresa no estado do Alagoas.

Dólar

O dólar comercial registrou variação de 0,14% na semana e encerrou a sexta-feira cotado a R$ 4,05. Esta foi a primeira semana de alta da moeda após uma sequência de 4 semanas de desvalorização. Também reflexo do ataque americano ao líder iraniano, o movimento do dólar mais forte pode ser notado em moedas ao redor do mundo.

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