Brasil

Redução no depósito compulsório é decidida pelo BC, injetando R$ 135 bilhões no mercado

O Banco Central adotou essa semana medida expansionista, reduzindo a taxa de recolhimento compulsório de 31% para 25% sobre depósitos. A medida liberará R$ 49 bilhões na economia do país. Além disso, o BC adotou outra medida sobre os depósitos compulsórios e sua sobreposição com exigências a respeito de indicadores de liquidez. Isso fez com que mais R$ 86 bilhões fossem também injetados. Ambas as decisões dão mais espaço para os bancos manusearem o valor que possuem em investimentos, tornando-os mais líquidos.

O efeito direto disso nas instituições financeiras é o aumento da capacidade de crédito concedido, tornando-o mais acessível e menos caro, em relação à juros.

Além desse efeito, a injeção de capital também busca dar mais liquidez ao banco em si, vista a mudança que está ocorrendo nos produtos investidos pelo público brasileiro. Isso é, de produtos de crédito bancário, para outros tipos de investimentos, fundos e renda variável.

Ao ser questionado sobre a medida, o diretor do Banco Central afirmou que a medida tomada não tinha caráter de política monetária, mas segue uma linha de tentativa de redução do compulsório, pelo fato do país ter tido tais taxas muito altas históricamente.

INSS terá novo cálculo, redução na alíquota trará diminuição de R$ 26,3 bilhões

Foi tomada essa semana, decisão a respeito da nova alíquota de contribuição, que será instaurada a partir de março para os trabalhadores que se encaixem no regime geral de previdência social.

Serão feitas alterações nas faixas saláriais e seus valores respectivos de contribuição, com a adição de uma nova faixa. Em geral, a medida deverá reduzir a carga de contribuição para trabalhadores que recebam um salário abaixo de R$ 4,7 mil.

As faixas, agora ficarão entre 7,5% e 14%. Não haverá mudança na contribuição dos que recebam acima do teto das faixas, que continuará a ser de R$ 6.101,06. Haverá também, uma mudança no cálculo em si da alíquota, que será progressiva.

Em âmbito macro, tal medida fará com que haja uma redução na arrecadação de R$ 26,3 bilhões no período de 10 anos. Efetivamente, além da menor arrecadação, tal medida surtirá efeitos no pagamento do Imposto de Renda das diferentes faixas salariais, gerando um déficit por volta de R$ 3,2 bilhões.

Os trabalhadores que passarem a contribuir em maior alíquota para a previdência, terão sua base do cálculo do Imposto de Renda deles diminuida. Por outro lado, os que contribuirem menos para a previdência, aumentarão sua base de cálculo, e consequentemente, o IR pago.

Janeiro apresenta resultados piores do que esperado, com déficit de US$ 11,9 bilhões

Foi divulgado o resultado de janeiro da conta corrente brasileira, relevando um déficit maior do que o esperado, de US$ 11,9 bilhões. A estimativa anterior segundo o Banco Central, era de que o valor ficasse por volta de US$ 8,7 bilhões.

Em comparação com o ano anterior, o déficit também cresceu. Em 2019, no mesmo mês, foi apresentado um rombo de US$ 9,045 bilhões. Atualmente, tal valor já representa 2,85% do PIB do país.

A entrada de capital, de Investimento Direto no País do mês diminuiu em relação à janeiro passado também. Além disso, o investimento estrangeiro em carteira de fato diminuiu também, comparado a 2019. Porém, quando colocado contra dezembro, mês onde ocorreu uma saída consideravelmente grande de investimento estrangeiro, principalmente em relação à bolsa de valores, vemos uma entrada de US$ 3,35 bilhões.

Para fevereiro, a estimativa do Banco Central é de que o déficit fique por volta de US$ 4 bilhões. Para os representantes do BC, tais números, por mais que não apresentem melhorias, são condizentes de tamanha diferença, pelo primeiro mês do ano apresentar alguns valores sazonais.

Somado à isso, temos também as pressões externas que estão acontecendo, o que podem afetar as previsões em grande escala. Os efeitos principalmente do coronavírus, e o que isso muda em diversos setores e indústrias, ainda estão em desdobramento.

Internacional

Coronavírus começa a apresentar casos graves de segregação

A população da segunda maior potência econômica mundial sofre problemas graves de Xenofobia. Por medo da propagação do vírus, muitos países estão praticando segregação com cidadãos chineses e de outros países próximos. Um exemplo disso é a Rússia, que irá começar a vetar a entrada de chineses. A suspensão irá começar a partir de quinta-feira.

Outro exemplo disso é o da Ucrânia. Cidadãos do país atacaram um grupo de refugiados chineses que eram transportados de ônibus para uma cidade.

A grande questão desses fatos, é a grande preocupação da OMS. Atualmente, o coronavírus ultrapassa a barreira da epidemia e começa a afetar os mercados; fluxos econômicos, tráfego humano, importações e exportações.

Evo Morales tem candidatura ao senado vetada e reage

O ex-presidente boliviano, Evo Morales, teve sua candidatura vetada por inconsistências quanto a residência. Evo, após renúncia na Bolívia, passou a residir em diversos países, incluindo Argentina, onde vive como refugiado atualmente. Por conta disso, o Supremo Tribunal Eleitoral da Bolívia decidiu impugnar o cargo, por outro lado, aprovou a candidatura de Luis Acre, do mesmo partido de Morales.

Evo foi à mídia após a decisão da corte. Em uma coletiva, acusou o país de estar vivendo sob uma ditadura que corresponde a decisões dos Estados Unidos e garante que todas as decisões tomadas por ele após a renúncia foram “para o bem da Bolívia”.

Principais índices financeiros

Bolsa

A semana foi negativa para o principal índice da bolsa de valores brasileira. O Ibovespa encerrou o último pregão aos 113.681 pontos, registrando baixa de 0,6% no acumulado da semana. As quedas nos preços das ações aqui no Brasil são reflexo da disseminação do coronavírus no mundo e receios de que a doença possa afetar o crescimento econômico global nos próximos anos. Além disso, a divulgação do PMI (Índice de Gerente de Compras) dos Estados Unidos, trouxe o risco de recessão no país: contração pela primeira vez desde 2013.

Entre os destaques positivos está a B2W (BTOW3), a maior empresa de comércio eletrônico divulgou seus resultados do último trimestre de 2019. Apesar de apresentar prejuízo líquido de R$ 22,3 83 milhões, analistas de grandes bancos dizem que a empresa está bem posicionada para a geração de receita no futuro.

Já por outro lado, um dos destaques negativos da semana foi a mineradora Vale (VALE3), que teve prejuízo líquido de US$ 1,683 bilhões. O resultado ruim é decorrente de provisões e despesas relativas ao acidente com a ruptura da barragem da empresa em Brumadinho.

Dólar

O dólar comercial fechou a semana com alta de 2,14% no acumulado dos últimos 5 dias, cotado a R$ 4,39. O resultado pode ser atribuído a data anteceder o carnaval, que faz com que investidores levem a se proteger da ausência de pregão na segunda e na terça-feira, além do risco do coronavírus ainda estar latente e seus resultados incertos para as principais economias globais.

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