20 de agosto de 2018

Wrap Up Semanal

Brasil

Transferência de venezuelanos é intensificada por Temer

O presidente Michel Temer entrou com novas medidas na região de Roraima após reunião com assessores e ministros para avaliar a situação do local, que passa por uma grave crise imigratória, incluindo eventos de violência entre brasileiros e venezuelanos em Pacaraima, fronteira brasileira com a Venezuela.

Segundo nota divulgada, Temer tem atuado na intensificação do processo de interiorização dos venezuelanos para outras regiões, e o estabelecimento de abrigos para o atendimento dos migrantes que ainda aguardam por sua transferência, de forma a reduzir o número de desabrigados.

Temer também citou a possibilidade de militares atuarem na região. “O governo federal continua em condições de empregar as Forças Armadas para a garantia da lei e da ordem em Roraima. Por força de lei, tal iniciativa depende da solicitação expressa da senhora governadora do Estado”, disse.

Em rolagem, BC faz venda de 4.800 contratos de swap cambial

Em leilão de rolagem, de vencimento em setembro, o mercado absorveu todos os 4.800 contratos de swaps cambial que foram emitidos pelo Banco Central.

Em novembro de 2018 foram alocados 4.400, e mais 400 contratos destinados a abril do ano que vem. Medidas como essa visam uma mobilização das forças monetárias contra o cenário externo e interno favoráveis para uma alta do dólar. O BC tem agido de forma ativa, principalmente com a utilização de grandes lotes de swaps disponibilizados ao mercado.

A atividade econômica na região nordeste foi a mais afetada após greve

O impacto da greve dos caminhoneiros, ocorrida em maio, teve grande repercussão em diversas regiões do país. O recuo da atividade econômica foi menor na região Sudeste e Centro-Oeste, sendo a região Nordeste a mais afetada. Esta é a análise do Boletim Regional do Banco Central, divulgada na última sexta-feira (17).

Em relatório, Banco Central afirmou que a região nordeste “assinalou a maior retração, repercutindo menor dinamismo das vendas varejistas e da produção industrial”

No Nordeste, o recuo da atividade foi de 2,3%, contra 1,6% no norte, 1,5% no Sul, 0,6% no sudeste e 0,7% no centro-Oeste.

Internacional

Nicolás Maduro unifica taxa de câmbio na Venezuela

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou na última sexta-feira que unificará as taxas de câmbio do país. O novo balizador do câmbio será uma criptomoeda, chamada de petro, criada pelo presidente no começo deste ano. Esta, por sua vez, é vinculada ao preço vigente do petróleo. A cotação a ser usada é de que um petro equivale a US$ 60.

O petro não apenas guiará o câmbio como também o salário mínimo e as pensões do país. A medida anunciada fez com que a moeda venezuelana tivesse uma desvalorização de cerca de 96% na sexta-feira em relação à moeda americana. Economistas acreditam que as medidas tomadas pela Venezuela ao longo dos anos para controle do câmbio que têm levado às crises econômicas internas no país e a hiperinflação, assim como evitam que a moeda venezuelana, o bolívar, seja valorizada mundialmente.

Agências de ratings rebaixam Turquia

As agências de ratings Moody’s e S&P rebaixaram a nota de risco da Turquia na sexta-feira, dia 17. Ambas tomaram esta atitude após a semana de tensões entre o país e os EUA.

Os Estados Unidos haviam anunciado anteriormente na semana que iriam aumentar as tarifas sobre o aço e o alumínio turco. Respectivamente, os impostos aumentaram em 50% e 20%. Isto levou a uma desvalorização de mais de 40% da moeda da Turquia frente ao dólar, e de 80% em menos de um ano.

Alguns economistas acreditam que, da forma como a situação está se desenrolando, será difícil a Turquia escapar de um pedido de auxílio ao FMI, assim como a Argentina teve de fazer esse ano. O déficit nas contas externas da Turquia já chega a cerca de 6% e o presidente Recep Tayyp Erdogan se recusa a elevar as taxas de juros para conter uma inflação que já é de 16% ao ano.

O tombo nos mercados da Turquia tem disseminado desconfiança também nos demais países emergentes, incluindo o Brasil. O índice Bovespa já recua 4,03% no mês, também impacto pelo cenário eleitoral incerto. O dólar, por sua vez, já acumula valorização de 4,3% frente ao real.

 

Principais índices financeiros

Bolsa

No mercado brasileiro, segue a grande cautela dos investidores em relação ao cenário político, que atualmente somado a instabilidade dos emergentes, tem acarretado resultados negativos nas últimas semanas.

O índice fechou em baixa na semana, de 0,63%, batendo os 76.028 pontos. Apresentou giro financeiro de R$8,4 bilhões. No mês, a queda apresentada é de 4,03%, e no ano, 0,49%.

A previsibilidade da resolução do entrave comercial entre China e Eua até novembro ajudou a reduzir as perdas na última semana.

Outra questão relevante foi a oscilação de alguns papéis frente a volatilidade do câmbio. Temos Suzano (+1,81), Fibria (+1,43%), Embraer (+2,21%), Vale (+2,17%) e Badespar (+3,57%). No entanto, a maioria dos bancos fecharam no vermelho.

Dólar

Considerando o ambiente de desconfiança com o quadro eleitoral brasileiro, e levando em consideração a grande tensão externa, o dólar fechou em leve alta de 0,29% na última sexta (17), a R$3,9146.

O mercado está de olho no alívio entre as tensões comerciais entre EUA e China, que esperam negociar um plano para resolver os entraves até novembro. Mesmo com a trégua, o real teve o quarto pior desempenho entre as moedas na semana que ficou para trás.

No acumulado do ano, o real está com uma desvalorização de 15,3%, se configurando como a quarta pior colocação entre os emergentes.

 

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