14 de maio de 2018

Wrap Up Semanal

Brasil

FMI destaca crescimento no Brasil, mas faz alerta de risco nas eleições

O Fundo Monetário Internacional, em análise ao desenvolvimento econômico da América Latina, destacou o Brasil como um país em processo de aprovações de reformas importantes, mas advertiu para o alto nível de risco que as eleições de outubro trazem para a economia da nação. “O crescimento na América do Sul está sendo liderado pelo fim das recessões na Argentina, Brasil e Equador”.

Também acrescentou que preços mais altos das commodities e uma baixa na inflação destes países deu espaço para a flexibilização da política monetária. “No Brasil, o PIB real deve crescer 2,3%, em 2018, graças as condições externas favoráveis e a recuperação do consumo e dos investimentos privados” afirmou o fundo.

No entanto, a instituição apontou o quão relevante são as eleições de outubro, e o quanto ela representa um risco para a conjuntura econômica brasileira. “Um risco chave, no entanto, é que a agenda política pode mudar após a eleição presidencial de outubro, dando origem a volatilidade do mercado e a maior incerteza sobre as perspectivas de médio prazo”, afirmou o FMI.

IBGE avalia uma desaceleração no crescimento varejista brasileiro   

No primeiro trimestre de 2018, o comércio varejista se manteve em rota de recuperação, impulsionado pela venda de veículos, mas em níveis menores se comparados com o do mesmo período no ano passado.

Segundo a gerente de Pesquisa Mensal de Comercio (PMC), Isabela Nunes Pereira, isto ocorre pela redução do crescimento do varejo na transição do ultimo trimestre de 2017 para o primeiro de 2018, de 4,2% para 3,8%. “O setor mantem trajetória de recuperação iniciada em 2016, mas perde ritmo de forma espalhada entre as atividades”, disse Isabela, durante a coletiva de divulgação dos resultados do comércio.

Para Isabela, uma das causas da desaceleração do crescimento do varejo pode ser explicada por um menor dinamismo do mercado de trabalho. Os níveis de desemprego do primeiro trimestre subiram, na medida em que trabalhadores temporários foram dispensados dos setores de comércio, indústria e serviços.

Internacional

EUA deixa de renovar pacto com Irã

Donald Trump, anunciou na última semana que os EUA não irá renovar o pacto nuclear firmado com o Irã em 2015. Segundo o líder americano, o Irã continua enriquecendo urânio e apoia grupos terroristas e por isso o pacto nunca deveria ter sido assinado. As sanções impostas pelos EUA ao Irã antes do pacto terão validade novamente num período de 90 a 180 dias. Elas serão voltadas a empresas e pessoas físicas que participam de uma rede ilegal de câmbio de dólares dos Emirados Árabes ao Irã.

Vladimir Putin e Angela Merkel, disseram que manterão suas partes no acordo com Teerã. Na semana que vem ambos os líderes, juntamente com Theresa May, a primeira ministra britânica, irão se unir para debater como manterão os acordos comerciais da UE com o Irã após a saída dos EUA.

O Irã, por meio do seu presidente Hassan Rouhani, afirmou que manterá o que prometeu ao celebrar o pacto.

Argentina vai a FMI para linha de crédito

Nicolas Dujovne, ministro da fazenda da Argentina, se reuniu com a diretora do FMI para discutir seu pedido de uma linha de crédito do tipo stand-by, que é usada para socorrer países que tem problemas em sua balança de pagamentos. O país já havia lançado mão deste empréstimo nos anos 2000 em meio a crise que o abalou nesta época, durante o governo do presidente Fernando De La Rua.

Os termos do empréstimo ainda não foram divulgados, porém, a Argentina parece ainda não estar em linha com alguns dos pré requisitos para ser elegível ao benefício, como inflação controlada e boa saúde das finanças públicas. Especula-se que o valor a ser despendido pode chegar a USD 30 milhões.

Trump e Kim Jong-Un se encontrarão em junho

O presidente americano Donald Trump anunciou em sua conta do Twitter que irá se encontrar com o líder norte coreano, Kim Jong- Un no dia 12 de junho. O encontro ocorrerá em Cingapura.

O anúncio se deu após o Secretário de Estado americano, Mike Pompeo, voltar aos EUA com três presos políticos libertados pela Coréia do Norte durante a sua visita ao país.

Principais índices financeiros

Bolsa

Na semana que passou o Ibovespa fechou a semana com avanço de 2,53%. Na sexta-feira, porém, houve baixa de 0,75%, com 85.220 pontos.

Com o fortalecimento global da moeda americana, investidores buscam se proteger, apostando em ativos menos arriscados como o caso do Brasil. Com isso, ações mais líquidas, como Itaú Unibanco, Bradesco ON e PN, tiveram baixas de 1,60%, 2,17% e 1,79%, respectivamente. Ações da Kroton se desvalorizaram 15% após divulgação dos resultados da companhia, a qual teve piora em todos os indicadores de desempenho.

No lado positivo, se destacaram as ações da EDP,  que tiveram uma valorização de 15,56%, ante a possibilidade da aquisição do controle da empresa pela chinesa CTG.

Dólar

Na sexta-feira, a moeda americana fechou cotada em R$ 3,60, representando valorização de cerca de 2% na semana. Esta foi a maior cotação em da moeda em dois anos. O receio da pesquisa eleitoral a ser divulgada nesta semana ter o despontamento de algum candidato de esquerda fez com que alguns investidores tomassem posições defensivas.

O fôlego do dólar também se deu frente a outras moedas, tanto a lira turca como os pesos mexicano e argentinos chegaram a cotações mínimas frente a divisa americana.

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