13 de janeiro de 2020

Wrap Up Semanal

Brasil

Centro da meta da inflação de 2019 é ultrapassado no fechamento de dezembro

O IPCA de 2019 fechou em 4,31%, acima do esperado e acima do acumulado do ano anterior, que ficou em 3,75%. O mês de dezembro teve sua maior alta em 2019, desde 2002. O aumento considerável de 1,15% apenas no último mês do ano contrastou com um índice de 0,51% em novembro.

Os motivos para a alta foram informados pelo IBGE como sendo: a subida do preço das carnes, de combustíveis e de jogos de azar.

Compondo a inflação de 2019, fica ressaltado o papel do consumo de alimentos e bebidas e gastos em transportes. Moradias e utensílios para moradias apresentaram taxas negativas na composição do IPCA.

Ainda assim, o ponto mais relevante foi o aumento do preço das carnes, que chegou a 18,06% em dezembro, depois da elevada importação pela China, devido à onda de pestes no país.

O índice de difusão, que mede a concentração da inflação em cima dos produtos analisados, aumentou também nesse final de ano.

Projeção para gastos com saúde é de aumentar até R$ 10,6 bilhões em 7 anos

Com a transformação da faixa etária média da população brasileira, os gastos destinados à saúde devem subir consideravelmente. Com a junção do envelhecimento dos brasileiros e a expansão da população, a previsão do Tesouro Nacional de gastos destinados a esse setor deve chegar a R$ 10,6 bilhões até 2027.

Isso porque, esperam que tanto os gastos com remédios e auxílio médico para uma população mais idosa cresçam, assim como os gastos com uma geração recém-nascida maior nos anos futuros.

Ao mesmo passo que aconteceria a elevação dos gastos em Saúde, haveria a diminuição de até R$ 1,1 bilhão de gastos com educação, pela diminuição da população que estaria nessa faixa de idade jovem até 2027.

As projeções são feitas considerando apenas variáveis demográficas, sem considerar outras possíveis que poderiam afetar bastante o valor. Ainda assim, a medida é feita e baseada apenas em âmbito nacional, fortalecendo um pouco para a distorção. Foi enviada em 2019 também, uma PEC ao Congresso, propondo a unificação dos tetos com gastos em saúde e educação nas esferas federal, estadual e municipal.

PIB tem redução de 2 pontos na Dívida Bruta devido a intervenções do Banco Central

Em 2019, a Dívida Bruta teve uma redução de aproximadamente R$ 140 bilhões, após as intervenções do BC relativas a vendas de dólar. A medida, que incluiu uma venda de U$ 36,9 bilhões no ano, foi instaurada devido ao maior fluxo de saída de capital americano no Brasil dos últimos anos. A venda ocorreu ao longo dos meses, de agosto até o final do ano.

O projeto, defendido por Paulo Guedes, teve a intenção de diminuir as reservas cambiais brasileiras, que ficaram por volta de R$ U$ 356,9 bilhões no ano. O intuito era de aproveitar a desvalorização cambial que ocorreu em 2019, enxugando as reservas, para abater a dívida pública, e diminuir seu custo.

A medida, com sucesso, evitou que a relação entre Dívida Pública e PIB chegasse a 80%, nível considerado teto para o endividamento.

A reserva cambial teve o início do seu crescimento no governo petista, medida que foi benéfica para o período que o país se encontrava. Atualmente, ela está em um nível desnecessário, segundo economistas.

No momento, a venda de dólar beneficia principalmente o índice de endividamento público, fazendo com que seja gerada uma maior segurança e saúde para o indicador quanto ao futuro da dívida pública.

Internacional

Irã admite responsabilidade na queda de Boeing

Após quase uma semana de investigações, Irã admite sua responsabilidade no ataque ao avião da Boeing. O presidente iraniano, Hassan Rouhani, assumiu que a queda do avião foi efeito de uma má decisão; no momento do ataque, o operador dos mísseis teve que decidir sem apoio se disparava ou não, pois o sistema de rádio não funcionou e ele decidiu atirar.

Apesar disso, as tensões internacionais não se agravaram. Tanto o presidente iraniano, quanto o líder supremo do Irã, Qassem Soleimani, expressaram um pedido de desculpas para a Ucrânia.

Ex-presidente da Nissan poderá voltar a viajar

O ex-presidente da Nissan, Carlos Ghosn, poderá ter um de seus direitos de volta. O antigo CEO da montadora no Japão, fugiu para o Líbano há cerca de um mês, após ter sido acusado e investigado acerca de fraude e desvio de dinheiro dos fundos da empresa. Em meio ao julgamento, Ghosn se refugiou no Líbano. A relação entre os dois países ficou fragilizada e, apesar de do país não possuir uma política de extradição com o Japão, consentiu em proibir as viagens do brasileiro.

Porém, agora é possível que Carlos Ghosn possa ter esse direito de volta. O Líbano emitiu um comunicado afirmando que não irá seguir com a proibição caso o Japão não envie para o país autos relativos a investigação do brasileiro. Ao mesmo tempo, no Japão, a esposa de Carlos Ghosn, Carole, recebeu mandado de prisão por falso testemunho.

Australianos pedem renúncia do premie

A falta de posicionamento do primeiro ministro australiano, Scott Morrison, acerca das queimadas desperta a insatisfação da população. O premie afirma que as mudanças climáticas não influenciam nas queimadas que ocorrem na Austrália, apesar do posicionamento ir em contradição contra o próprio departamento de meteorologia do país. A falta de compromisso com o meio ambiente foi um dos principais motivos que levam aos protestos pela renúncia.

O premie é um dos grandes defensores do uso de carvão. A Austrália é o maior produtor de carvão mineral e Morrison iniciou sua campanha fazendo apelos para não diminuir a produção do minério.

Principais índices financeiros


Bolsa

O principal índice da bolsa de valores brasileira encerrou a semana aos 115.503 pontos. A sexta-feira representou o sexto dia seguido de queda do Ibovespa, que vem acompanhando o desempenho também negativo das bolsas internacionais.

Além disso, os bancos têm sido grande destaque, uma vez que os papéis dessas instituições vêm apresentando quedas constantes na bolsa. Analistas associam o baixo desempenho das ações ao aumento da concorrência do setor e também a queda da taxa de juros do cheque especial.

Dólar

O dólar comercial fechou a sexta-feira em alta, cotado a R$ 4,09, atingindo a máxima cotação das últimas três semanas.

A valorização da moeda americana também segue o movimento no exterior de valorização do dólar, principalmente em relação às moedas de países emergentes.

No acumulado da semana, registrou-se alta de 0,95%, que se deve ao aumento das tensões geopolíticas, como o conflito entre Estados Unidos e Irã.

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