2 de abril de 2018

Wrap Up Semanal

Brasil

Juros mais Baixos e Spread Bancário Mais Alto

Apesar da redução da taxa básica de juros (Selic), os bancos não repassaram ao consumidor de crédito seus respectivos custos mais baixos na captação de recursos.

A diferença entre o custo de captação dos bancos e os juros cobrados dos consumidores finais (pessoas físicas e jurídicas) é chamado de Spread Bancário. Baseado em números fornecidos pelo Banco Central, o economista Gilberto Borça Júnior concluiu que a razão entre o spread e o custo do crédito direcionado às pessoas físicas passou de 76,3% em maio de 2016, início do governo Temer, para 78,2% em outubro do mesmo ano e atingiu 75,8% em fevereiro de 2018. No caso das pessoas jurídicas, a razão passou de 69,6% após a saída de Dilma para 78,2% em outubro do mesmo ano e chegou a 75,8% em fevereiro deste ano.

O economista afirma que apesar de os spreads embutirem todos os riscos, custos e margens dos bancos, a economia brasileira vive um momento de menor risco geral e os atuais níveis de juros praticados pelos bancos descola da realidade do país.

O resultados dos bancos é positivamente impactado por tal efeito, ao cabo que setores da economia que dependem do crédito para reaquecimento, como varejo, infraestrutura e imobiliário, tardam sua retomada.

Ex-presidente Lula Inelegível

O procurador regional eleitoral, Luiz Carlos dos Santos Gonçalves, afirmou que o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva está inelegível após a decisão tomada na segunda-feira (26) pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A turma negou provimento aos embargos declaratórios requeridos pela defesa do ex-presidente.

Luiz Carlos afirma que, do ponto de vista do Ficha Limpa, qualquer condenado em segunda instância por decisão do colegiado estará inelegível, porém para sacramentar a inelegibilidade, a mesma deve ser declarada. A declaração, segundo o Procurador, ocorrerá quando ou se Lula apresentar pedido para candidatar-se.

Internacional

Kim Jong- Un faz visita à China

O líder norte-coreano, Kim Jong- Um, fez uma visita secreta à China na semana que passou. Esta foi a primeira saída conhecida de Kim da Coréia desde 2011, quando assumiu o poder.

A viagem à China durou três dias. Durante sua estada, Kim Jong- Un se encontrou com o presidente chinês, Xi Jinping, para debater as relações entre os países e as tensões que ocorrem na península coreana.

Após o encontro, Xi Jingping disse ao presidente americano, Donald Trump, que a visita foi produtiva e que Kim se comprometeu com a desnuclearização e a se encontrar com autoridades dos EUA. Xi e Kim não haviam se encontrado ainda desde que Xi está no poder. Agora, com a ameaça de guerra comercial entre a China e os EUA, o líder chinês aceitou receber Kim.

Trump deve se encontrar com Kim em maio, porém, disse que irá manter as sanções contra o regime norte coreano até lá.

Diplomatas russos são expulsos dos EUA e mais 20 países

Cerca de 60 diplomatas russos foram expulsos dos EUA nessa semana, seguindo os desdobramentos do caso Skripal. A porta-voz do governo americano, Sarah Sanders, afirmou que a medida foi tomada em “resposta ao uso da Rússia de uma arma química de nível militar no solo do Reino Unido”.

Além dos EUA, uma série de países anunciou a expulsão de mais de 150 diplomatas russos em solidariedade ao Reino Unido, por conta do envenenamento de Serguei Skripal e sua filha Yulia. Como resposta, a Rússia tomou medidas similares e expulsou mais de 140 diplomatas estrangeiros.

O caso Skripal iniciou com a suspeita de que a Russia tenha ligação com o envenenamento de Serguei, que anteriormente havia delatado agentes russos à Inglaterra. A Russia afirma não ter vínculo com o envenenamento. Serguei e sua filha permanecem internados, ambos em situação estável.

Principais índices financeiros

Bolsa

O índice Bovespa recuperou-se das perdas do mês de março e fechou a semana (e mês) em campo positivo. O principal índice da bolsa fechou a semana com 85.366 pontos, alta de 1,17% na semana e o mês com valorização de 0,01%.

Diminuição do temor de guerra comercial entre Estados Unidos e China geraram fôlego nos mercados americanos. Nasdaq, Dow Jones e S&P 500 obtiveram valorizações superiores a 1% no pregão de quinta-feira (29).

Além do cenário externo, as commodities colaboraram para a alta de ações de companhias brasileiras. O minério de ferro subiu 3% na China e os contratos de Brent e WTI operaram no campo positivo ao longo do pregão do último dia da semana. Ações de Vale e Petrobras beneficiaram-se do aumento no preço das commodities. Além disso, o setor de bancos teve efeito positivo na semana com a redução nas regras de depósitos compulsórios, definida pelo Banco Central do Brasil.

Dólar

A volatilidade mostra-se cada vez mais presente na cotação da moeda americana. Durante o horário de mercado, o dólar chegou a perder o patamar de R$3,30 e negociou a R$3,2930, porém encerrou a semana cotado em R$3,3033.

No mês de março, o dólar valorizou 1,88%. Os principais players do mercado consideram que, com a proximidade do processo eleitoral, a volatilidade da moeda tende a crescer. Abril é o último mês para desincompatibilização dos futuros candidatos à presidência. No dia 4 de abril concluirá o julgamento do requerimento de habeas corpus do ex-presidente Lula.

 

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