10 de maio de 2018

Previdência Privada: Investimento inteligente

Escrito por Gustavo Velez

Tempo de leitura: 8 minutos.

 

O modelo de investimento por meio de previdência privada é um dos mais conhecidos planos de aplicações financeiras, e um dos mais criticados. Monopolizado pelos bancos, os fundos eram conhecidos por suas baixas rentabilidades e por custos exagerados, o que muitas vezes enriqueciam mais a instituição financeira do que o próprio investidor. Taxas de entrada e saída, taxa de administração, contratação de renda eram apenas algumas maneiras dos bancos lucrarem, o que fez com que o produto não fosse muito popular. Mas o que mudou deste cenário para os dias de hoje?

Planos de previdência privada são como fundos de investimentos. Possuem equipe de gestão, política de investimentos, níveis variados de volatilidade e estratégias distintas. A diferença mais expressiva está no modelo de cobrança de imposto de renda. É possível pagar menos impostos optando pela previdência. Este motivo que levou os melhores gestores do Brasil a explorarem este mercado tão desprezado pelos bancos. Agora, os melhores fundos do mercado tem um fundo espelho, porém na categoria previdenciária.

Existem dois modelos de planos de previdência, o PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres) e o VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres), a diferença entre os dois está na cobrança de Imposto de Renda. O PGBL é um plano no qual o imposto incide sobre o valor total a ser resgatado (rendimentos + valor aplicado) enquanto no VGBL o imposto incide apenas sobre os rendimentos. Desta forma, qual a vantagem então de um PGBL se o imposto incide sobre todo o montante?

No caso do PGBL, os investidores que utilizam do modelo completo de declaração do IR podem deduzir as contribuições do respectivo exercício em até 12% de sua renda bruta anual. Imagine uma pessoa que ganha 100 mil reais, e aplica 12 mil em um PGBL, neste caso, o imposto de renda irá incidir apenas sobre 88 mil reais. Portanto, se o valor de imposto de renda recolhido for menor, mais dinheiro eu tenho para aplicar, no longo prazo isso traz uma grande diferença para os rendimentos.

Já o VGBL é mais indicado para quem opta pela declaração simplificada de IR e utiliza o desconto padrão de 20%. Neste caso, se aplicasse em um PGBL, estaria jogando fora os 12% de dedução, já que o desconto padrão de 20% é maior. E no resgate, o imposto incide apenas sobre o ganho de capital, se configurando como mais uma vantagem frente aos fundos de investimento tradicionais.

Existem duas alternativas de tributação nos resgates dos fundos, a tabela progressiva e a regressiva. A tabela progressiva possui alíquotas maiores conforme o valor resgatado. Portanto, dependendo do valor, pode sair isenta. Veja abaixo:

 

 

Já a tabela regressiva, as alíquotas são menores quanto maior o tempo que os recursos ficam aplicados. Fazendo sentido para aplicações de prazos ou valores maiores.

 

 

Os benefícios dos planos de previdência também proporcionam planejamento sucessório, não possuem taxa de performance e não são elegíveis ao come cotas, tributo cobrado nos demais fundos como uma antecipação do imposto de renda nos meses de maio e novembro. Dessa forma, se compararmos fundos da mesma natureza com a mesma taxa de administração, o previdenciário também sai em vantagem.

É de grande importância que o plano de previdência escolhida seja adequada ao seu perfil de investidor e objetivos de longo prazo, uma vez que hoje são inúmeros os planos previdenciários com as mais diversas características. Conte com um bom escritório de Wealth Management para a contratação da sua previdência.

 

Saiba mais sobre previdência privada