19 de setembro de 2019

Conheça os títulos de renda fixa nos Estados Unidos

Por: Vitor Brilhante

Conhecendo novos mercados

O mercado financeiro possui duas principais áreas: a de renda fixa e váriável. Estamos acostumados a investir em um mercado com grande desenvolvimento em renda fixa, devido aos altos juros do país. Por ser um país em desenvolvimento, seu risco é mais elevado, o que mantém nossa taxa Selic em valores altos e, consequentemente, aumenta a atratividade de ativos mais conservadores, como o tesouro direto. Porém, quando nos deparamos com o mercado financeiro de outro país, como o dos Estados Unidos, encontramos um cenário bem diferente.

O mundo financeiro nos EUA funciona de forma diferente, principalmente por que o mindset da cultura americana é pró-comércio. Importando isto para o mercado financeiro, este mindset abre um universo de oportunidades.

A expressão cultural americana torna a economia do país muito líquida. Isto significa que qualquer agente inserido no mercado tem potencial para decidir o quanto oferta e o quanto paga.

A economia americana

Como forma reguladora do mercado e economia, os EUA tem o FED, que tem função muito próxima do Banco Central brasileiro e o COPOM. São eles que determinam a taxa de juros sobre os títulos públicos. A taxa de juros é um benchmark para o risco do investimento (de qualquer natureza) no país. O Brasil é um país em expansão, por isso nossa taxa de juros (SELIC) é travada em 5,5%, já os EUA, por viverem um patamar estável em seus investimentos possuem uma taxa de juros que fica na banda de 1,75 a 2%.

Inserido em uma economia com estas características é possível aproveitar de um leque muito maior de ativos. Grande participação do GDP (Gross Domestic Products) americano vem de suas grandes corporações; empresas como Apple, Coca Cola e Amazon, não contribuem apenas para o crescimento direto da economia, como também para o desenvolvimento do mercado financeiro. Retomando o conceito de mercado líquido, essas empresas tem grande abertura para emitirem não apenas títulos privados arrojados, como ações, mas também outros tipos de títulos privados, mais conservadores, como os títulos chamados de Bonds.

 

Estes títulos são laços financeiros do investidor diretamente com as corporações ou com o governo, no caso das Treasuries. Estes títulos captam recursos para o crescimento das companhias americanas ou do próprio governo.

 

Por este fato, os títulos de Treasury tem como benchmark a taxa de juros da FED. Assim como o Brasil utiliza a Selic como teto de juros para títulos públicos, os Estados Unidos utilizam a FED. Porém, como a economia americana está mais avançada que a brasileira, naturalmente, sua taxa pública de juros é menor.

Treasury Bills. Notes e Bonds

 

É por este motivo que os títulos de Treasury são seccionados, o que permite ao investidor a tomada de decisões estratégicas. Existem três tipos de Treasury; as NotesBills e BondsCada tipo de investimento possui suas características específicas, porém, não se distanciam do princípio dos Treasury, ou seja, títulos de renda fixa. O que diferencia cada tipo de ativos são seus tempos de maturação. As Bills possuem menor tempo de maturação; de 1 mês a 4 anos.  As Notes variam de 2 a 10 anos. Por fim, as T-Bonds são os laços financeiros de maior tempo de maturação, criando uma obrigação de 30 anos entre investidor e corporação.

 

Esta diversificação dos ativos permite ao investidor decidir sobre sua liquidez e sobre sua taxa de retorno. Estrategicamente, um investidor que opta por uma T-Bill com 4 meses de vencimento possui um objetivo totalmente diferente de um investidor que adquiri uma T-Bond com vencimento em 30 anos. O primeiro investidor, provavelmente busca uma liquidez maior, aliada a um retorno menor e mais rápido. Por outro lado, o investidor que optou por travar sua posição por 30 anos, não mira na liquidez, mas sim na valorização do patrimônio e retorno a longo prazo.

 

Trabalhando em meio a economia americana

 

Como forma de diversificação, compreender e adentrar a economia americana pode ser potencial. Mais segura, estável e sempre dando resultados positivos, o ponto desenvolvimento americano é mais atrativo para criar uma base conservadora na carteira do que a curva de crescimento brasileiro, no momento atual. Além disso, se aproximar com empresas privadas mesmo investindo em títulos de renda fixa, representam um equilíbrio bom entre risco e retorno. Isto, por que o atrativo da economia americana é a estabilidade. Além disto, aplicar no mercado dos EUA pode ser uma forma de descorrelacionar o risco dos ativos do portfólio de um investidor.

Portanto, é necessário se aprofundar e conhecer bem os títulos que o mercado financeiro dos Estados Unidos pode oferecer. Desta forma é possível alinhar seus projetos pessoais com seus objetivos financeiros. Para isso conte com a BlackBird Investimentos para te assessorar.