20 de junho de 2018
Clubes de investimento
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O clube de investimentos é um eficiente veículo para quem tem como objetivo o investimento no mercado de ações, mas ainda possuí poucos recursos ou conhecimentos sobre este mercado. Nele, acontece a junção do capital de um grupo de pessoas, normalmente familiares ou amigos, e todo o capital do clube é aplicado em uma carteira de investimentos gerida pelo próprio grupo. Desta forma, é possível aumentar os ganhos, dado a junção do capital de diversos investidores, e alocar os recursos de forma mais eficiente, com a união dos conhecimentos de todo o grupo.
Apesar de 67% dos recursos do clube necessariamente sejam distribuídos no mercado de ações, o clube possuí diferenças consideráveis perante aos FIAs (Fundos de ações). Nos clubes de investimentos, assim como os fundos de ações, é formado como um condomínio, onde todos os recursos são somados, os custos operacionais das aplicações são divididos, e os eventuais ganhos são distribuídos proporcionalmente aos investidores de acordo com o montante de capital aplicado por cada um.
A principal diferença é que o clube de investimentos será constituído por no mínimo 3 pessoas e no máximo 50 pessoas físicas, e o máximo que um só investidor pode concentrar é 40% do patrimônio do clube. Outras diferenças são que as cotas do clube não são negociadas em mercados organizados, como a bolsa de valores por exemplo, e a gestão dos ativos pode ser realizada pelos próprios membros do clube, não tendo, obrigatoriamente, um único gestor.
Apesar de ser pouco menos formal que um fundo de investimento, já que a união de recursos normalmente é feita por um grupo de amigos, os clubes também precisam ser formalizados. Para sua atividade de fato acontecer, é necessária a contratação de um administrador, que pode ser uma corretora, uma distribuidora ou um banco de investimentos, o administrador ficará responsável por registrar o clube em uma entidade de mercado organizado, e pela efetiva oficialização do ingresso dos participantes.
Outro fato que pode ser ressaltado é sua forma de tributação, bem mais simples que o usual. Nos clubes, não há incidência de IR sobre as operações que não tiverem lucros e o cotista paga 15% de imposto sobre o rendimento líquido no resgate dos recursos. Tudo isso é válido quando clube tem mais de 67% do seu patrimônio alocado em ações.
Como é de se notar, o clube de investimento é uma forma simplificada de ingresso no mercado de ações, muito recomendada para quem possui pouco capital, pouco conhecimento mas tem vontade de investir. É necessário que os membros do clube tenham afinidade entre si para decidir as alocações e manter o bom funcionamento.
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