23 de janeiro de 2018
Wrap Up Semanal
Brasil
‘Prévia’ do PIB cresce 0,49% em novembro e 2,82% em um ano, diz BACEN (Banco Central)
A atividade econômica subiu 0,49% em novembro na comparação com outubro, segundo o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma “prévia” do PIB (Produto Interno Bruto). Foi o terceiro mês seguido de alta do índice. Na comparação com novembro de 2016, houve crescimento de 2,82%.
O resultado, divulgado na última segunda-feira (15/01) pelo Banco Central, foi semelhante ao esperado por analistas consultados pela agência de notícias Reuters, que previam alta de 0,5% na comparação mensal.
Em relação a novembro de 2016, a economia cresceu 2,82%. Considerando o acumulado do ano, o indicador subiu 0,97%. Em 12 meses, cresceu 0,73%.
Depois de enfrentar anos de recessão, o Brasil vem se recuperando de forma gradual em meio a inflação e juros baixos, que favorecem o consumo.
A alta no IBC-Br no mês é reflexo de resultados positivos em diferentes setores da economia. A produção industrial cresceu 0,2%, no terceiro mês seguido de crescimento.
Já as vendas no comércio registraram o melhor resultado para o mês em seis anos ao aumentarem 0,7%, com o impulso da Black Friday e das festas de fim de ano.
O setor de serviços, por sua vez, surpreendeu e interrompeu quatro meses seguidos de queda ao avançar 1% no mês, acima do esperado
Fonte: UOL
Temer assina projeto de lei sobre privatização da Eletrobrás
O presidente Michel Temer assinou na última sexta-feira (19/01) o projeto de lei com regras para a privatização da Eletrobrás. O texto deve ser encaminhado ao Congresso Nacional nesta segunda-feira (22/01) e seguirá na Câmara em regime de urgência, para que a tramitação ocorra em 45 dias e a sanção presidencial em 15 dias.
A avaliação é que o envio do projeto de lei neste momento é uma sinalização positiva para o governo levar à 48.ª edição do Fórum Econômico Mundial. Temer viaja na mesma segunda-feira para Davos, na Suíça. A assinatura do projeto de lei também é uma tentativa de demonstrar que o governo não mudou de ideia e continua disposto a privatizar a empresa.
A ação garante à União poder de veto em casos de liquidação, modificação do objeto, das sedes e da denominação social da Eletrobrás e de suas subsidiárias e alteração de alguns itens do estatuto.
Uma parte dos recursos gerados com a descotização da energia das hidrelétricas da Eletrobrás será repassada aos consumidores para abater encargos setoriais que oneram a conta de luz. A outorga e o valor adicionado pelos novos contratos de concessão serão calculados pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), colegiado de ministros presidido pelo Ministério de Minas e Energia.
O projeto prevê que a descotização será gradual, num prazo de no mínimo três anos e de no máximo cinco anos. Ainda de acordo com o comunicado, os consumidores vão se beneficiar da queda no custo de transmissão de energia.
O projeto de lei prevê a destinação de R$ 9 bilhões para ações de recuperação e revitalização da Bacia do Rio São Francisco. Os recursos serão pagos pela Eletrobrás ao longo dos 30 anos de concessão. O projeto de lei mantém sob controle da União a usina binacional de Itaipu e a Eletronuclear, dona das usinas de Angra 1 e Angra 2 e da futura Angra 3.
Fonte: Estadão
Mesmo com queda da SELIC, FGTS tem lucro de R$ 12 bilhões
Dados preliminares indicam que o FGTS, o Fundo Garantidor do Tempo de Serviço, terminou o ano com lucro líquido de R$ 12 bilhões. Ainda que seja um resultado elevado, ele foi prejudicado pela queda da taxa SELIC, que está em 7%.
Se o desempenho for confirmado, o fundo irá distribuir aos seus cotistas 50% do valor, em torno de 6 bilhões. Tais recursos ficam depositados na conta do trabalhador, mas apenas podem ser sacados em caso de alguns critérios definidos como demissão sem justa causa, aposentadoria ou doença grave.
O baixo desempenho deste ano, comparado ao ano anterior, que apresentou um lucro de R$ 14,5 bilhões, também se deu por conta dos saques de contas inativas, que somou mais de 40 bilhões.
A retomada da economia ainda não teve repercussão no saldo do fundo, uma vez que a maioria das contratações vem sendo informais.
Internacional
Economia da China acelerou em 2017
A economia da China apresentou um crescimento de 6,9% em 2017, sendo o ritmo mais forte em dois anos. No último trimestre do ano, a economia teve um crescimento de 6,8%, levando ao primeiro aumento do PIB desde 2010. A meta do governo era de um crescimento de 6,5%.
O principal motivo por esta taxa de crescimento foi o investimento das empresas e o fomento ao crédito em 2016. Existe, contudo a preocupação por economistas de que este ritmo elevado leve a um colapso financeiro pelo alto endividamento e a poluição do ar no país.
Porém, para o ano vigente, economistas acreditam que haverá uma desaceleração da economia, devido ao esfriamento do mercado imobiliário e um controle maior sobre os gastos com infraestrutura pelos governos locais.
Produção de petróleo da Venezuela segue caindo
A produção de petróleo da Venezuela caiu 12,7% ano passado, sendo a maior queda entre os 13 países da OPEP.
O resultado foi devido a diminuição de investimentos no setor, além da falta de fluxo de caixa da petroleira PDVSA, que resultou na saída da empresas prestadoras do país.
A queda da produção Venezuelana leva o Brasil ao primeiro lugar na produção da América Latina. Esta semana, a Petrobras, responsável por 80% da produção, divulgou crescimento de 0,4% em 2017.
Principais índices financeiros
Bolsa
O Ibovespa encerrou a semana passada em nova alta, desta vez de 2,4%, e registra agora cinco semanas consecutivas de valorização. Apenas em 2018 a alta acumulada é de 6,3%, o que coloca o índice brasileiro em linha com os mercados emergentes como um grupo, ficando apenas um pouco abaixo do desempenho do MSCI Emerging Markets, cuja valorização neste ano atingiu 7% na última sexta-feira. Desde sua última semana negativa (em 15/dez), o Ibovespa acumula alta de 11,9%, em pouco mais de um mês. Períodos como este demonstram o valor para o investidor de se manter comprado, quando parte de uma estratégia de alocação adequada, sobre tentar adivinhar o melhor momento para entrar no mercado guiando-se por eventos e factoides que na maioria das vezes não guardam qualquer relação com o movimento dos ativos. Durante este pequeno intervalo de 22 dias de negociação, o principal índice da bolsa brasileira superou seu recorde histórico em 9 deles, definitivamente quebrando a sequência de movimentação lateral observada entre outubro e novembro, e reestabelecendo a tendência de alta em maior escala que se observa desde 2016.
Dólar
O dólar encerrou a última semana cotado a R$ 3,20, e atingiu assim sua menor cotação em quase três meses. Desde meados de dezembro a moeda norte-americana vem perdendo valor tanto frente a seus principais pares globais (destaque para o euro e a libra esterlina) quanto às moedas emergentes como o real. O fenômeno de depreciação do dólar ocorre simultaneamente ao de retomada do fluxo de recursos a mercados emergentes e ao europeu, e principalmente ao aquecimento dos preços de commodities. No mercado brasileiro, uma anomalia curiosa: o preço dos contratos futuros de dólar para fevereiro refletem maior volatilidade assumida do que os contratos para março, um sinal de elevada demanda por parte de fundos e gestores por proteções em caso de alguma surpresa no desfecho do esperado julgamento de Lula na próxima quarta-feira.
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